


manual de instruções para encontrar paisagens em casa
[instructions for finding landscapes at home] 2012
Impressão ofsete
[Offset printing]
Tiragem ilimitada
[Unlimited edition]
64 x 42 cm
Baseada no livro "Planolândia" (1884) de Edwin A. Abbott, esta obra propõe um exercício imersivo sobre percepção e limitação espacial. Abbott, ao sugerir a experiência imaginária de viver em um mundo de duas dimensões, abre espaço para a exploração do que seria "ver" sem a profundidade das três dimensões que habitamos.
O trabalho combina as instruções para a criação de paisagens de um manual de desenho e pintura com passagens do próprio livro, criando um guia para se descobrir paisagens ocultas dentro de sua própria casa.
Com instruções que são ao mesmo tempo detalhadas e vagamente imprecisas, o trabalho convida a um processo de descoberta, incentivando uma reavaliação das paisagens cotidianas e da relação entre o espaço físico e a percepção. O espectador é conduzido por um território limítrofe, onde as fronteiras entre a realidade percebida e a realidade imaginada se tornam fluídas, sugerindo que, talvez, as paisagens que procuramos já estejam à nossa volta, mas só se tornam visíveis quando adotamos uma nova forma de olhar.
Based on the book "Flatland" (1884) by Edwin A. Abbott, this work proposes an immersive exercise in perception and spatial limitation. Abbott, by suggesting the imaginary experience of living in a two-dimensional world, opens space for the exploration of what it would mean to "see" without the depth of the three dimensions we inhabit.
The work combines landscape creation instructions from a drawing and painting manual with passages from the book itself, forming a guide to discovering hidden landscapes within one’s own home.
With instructions that are both detailed and vaguely imprecise, the work invites a process of discovery, encouraging a reassessment of everyday landscapes and the relationship between physical space and perception. The viewer is led through a liminal territory, where the boundaries between perceived reality and imagined reality become fluid, suggesting that perhaps the landscapes we seek are already around us—but only become visible when we adopt a new way of seeing.